quarta-feira, 24 de março de 2010

A nossa Turma

No âmbito da disciplina de História a nossa professora Ana Paula Moura, propôs que a nossa turma, 9ºB participasse no concurso nacional: O meu Blogue da República para as comemorações do “Centenário da República”. A participação neste concurso tem como principal objectivo incutir em nós jovens o interesse pela História Nacional responsabilizando-nos e sensibilizando-nos para uma cidadania mais consciente de forma a contribuir para um país mais livre e democrático. A nossa turma é constituída por 12 rapazes e 9 raparigas, pertencemos à escola Básica de Paços de Ferreira.

quarta-feira, 17 de março de 2010

25 de Abril de 1974 - Fim da Ditadura e Implantação da República

Portugal vivia um período de grande descontentamento, as pessoas estavam insatisfeitas com o modo de vida que levavam, as retaliações a que eram sujeitas por exporem as suas ideias e os seus modos de vida. Portugal nessa altura, decidiu revoltar-se, e os populares indignados saíram para a rua, juntamente com vários jovens oficiais, surgindo assim a Revolução dos Cravos. Esta Revolução dos Cravos é o nome dado ao golpe de estado militar que derrubou de forma pacífica e sem grande resistência por parte das forças leais do governo, esse mesmo governo, que tinha como chefe supremo Oliveira Salazar. Dois anos depois deu-se a aprovação da Constituição Portuguesa, em Abril de 1976.
O regime que vigorava em Portugal desde 1933 cedia, de um dia para o outro, à revolta das forças armadas, lideradas por jovens oficiais. O levantamento, usualmente conhecido pelos portugueses como 25 de Abril, foi conduzido em 1974 por oficiais intermédios da hierarquia militar (o MFA), na sua maior parte capitães que tinham participado na Guerra Colonial. Esses oficiais de baixa patente, os oficiais milicianos, estudantes recrutados, muitos deles universitários, vendo suas carreiras interrompidas, cedo aderiam a esta manifestação para reclamarem os seus direitos. Denomina-se assim "Dia da Liberdade" o feriado nacional instituído em Portugal para comemorar a revolução iniciada no dia 25 de Abril de 1974

Biografia do Dr. Leão de Meireles

António Augusto de Castro Meireles nasceu a 15 de Agosto de 1885 em Lousada. Este homem é filho de Raimundo Duarte Meireles e de Delfina Moreira de Castro. Estudou no Seminário dos Carvalhos e no Colégio de Nossa Senhora do Carmo situado em Penafiel. Deu assim por terminado o curso de Teologia, e no ano de 1903 foi ordenado Padre. A 22 de Abril de 1908 tirou o curso de Direito. Anos mais tarde dedicou-se à advocacia na cidade do Porto, ficando conhecido pelas suas proezas. A 29 de Junho de 1924 foi consagrado bispo por D. António Barbosa Leão, bispo do Porto. Empenhou-se no aumento da influência política e social da Igreja nos tempos agitados dos anos finais da Primeira República Portuguesa e da Ditadura Nacional que se lhe seguiu. No ano de 1925, declarado Ano Jubilar da Igreja Católica Romana, organizou nos Açores uma peregrinação a Roma seguido por 29 sacerdotes e 61 fiéis. Um grande terramoto atingiu a Horta no dia 31 de Agosto de 1926, que destruiu quase por completo a cidade da Horta e ilhas próximas. O bispo procurou contribuir para a assistência às populações, visitando as zonas mais atingidas. Na sequência do terramoto de, fundou a instituição de assistência infantil denominada Florinhas de São Francisco, um colégio infantil entretanto integrado no Lar das Criancinhas daquela cidade. No contexto da promoção da influência da Igreja na sociedade, D. António Augusto de Castro Meireles tentou fundar instituições de ensino, aproveitando a quase inexistência de escolas públicas para atrair àqueles estabelecimentos as elites locais, como por exemplo, fundou o Colégio da Esperança, destinado a crianças e instalado no Santuário da Esperança de Ponta Delgada e o Colégio Sena Freitas. A 20 de Junho de 1928 foi nomeado bispo coadjutor do Porto, com direito a sucessão, sendo nesse mesmo dia feito bispo titular de Lamia. Despediu-se então da Diocese de Angra, em ofício solene na Sé Catedral de Angra, nomeando como governador do bispado o arcediago, Dr. José Bernardo de Almada. A 21 de Julho de 1929 sucedeu D. António Barbosa Leão nas funções de bispo do Porto. António Augusto de Castro Meireles acabou por morrer em 1942.

Mosteiro de São Pedro de Ferreira - Paços de Ferreira

Antecedentes da 1ª República

Em 1889, Portugal atravessou um período de grave crise económica e social, e aproveitando-se dessa situação, a Inglaterra a 11 de Janeiro de 1890 impôs a Portugal o Ultimato Inglês. A 31 de Janeiro, deu-se a primeira revolta destinada a pôr fim à Monarquia, tentando implementar a República. Tudo isto foi desencadeado no Porto, mas tornou-se um fracasso. Em 1906, o rei D. Carlos encarrega João Franco de formar um governo, e para evitar as críticas ao governo por parte dos deputados, João Franco convence o rei a dissolver a Assembleia e a não convocar novas eleições, passando a governar em ditadura.
O descontentamento por parte da população aumenta, devido ao governo de João Franco ter proíbido jornais e manifestações. Para além disso mandou perseguir e prender os opositores, em particular os republicanos.
O Povo encontrava-se bastante descontente, e então reuniram-se vários dirigentes do PRP (Partido Republicano Português), que pertenciam à Maçonaria, e contactaram dirigentes da Carbonária. Tudo isto com o objectivo de organizarem em conjunto uma revolução, destinada a derrubar a monarquia e implantar a República.
Em 28 de Janeiro de 1908, houve uma tentativa de revolução republicana em Lisboa, mas também foi um fracasso. Várias personalidades Republicanas são presas e condenadas ao desprezo. A 1 de Fevereiro dá-se o Regicídio do rei D. Carlos e o príncipe herdeiro por dois elementos da Carbonária, Manuel Buiça e Alfredo Costa.

1º Movimento Republicano de 31 de Janeiro - Porto

Nas eleições de 1899, elegeu-se 3 deputados republicanos. A onda republicana conduz ao regicídio do Rei em Lisboa, em 1908. Dois anos mais tarde, a revolução republicana triunfará na capital, com escassa resistência das forças monárquicas, fugindo a família real para Inglaterra. Mas foram muitos os problemas que afectaram a 1ª República, tais como a participação de Portugal na 1ª Guerra Mundial e a instabilidade política e económica. Estes problemas levaram ao levantamento de uma corrente oposicionista ao poder vigente. Após várias tentativas de golpe, há um que resulta: o de 28 de Maio de 1926. Este movimento foi comandado pelo General Gomes da Costa e José Mendes Cabeçadas, entre outros. Esta revolução pôs fim à 1ª República, dissolveu as instituições democráticas, extinguiu os partidos políticos e instaurou uma ditadura militar. Na sequência do 26 de Maio de 1928, surgiu uma nova constituição em 1933, que dava origem ao Estado Novo, cuja figura principal era Oliveira Salazar. O estado forte proclamado pelo poder instituído, não impediu que, em 1958, a candidatura de Humberto Delgado, apesar de derrotada, abalasse o regime. É memorável a jornada de 15 de Maio de 1958 em que Humberto Delgado discursou perante 200 mil de portuenses. Em 1961, eclode a guerra colonial. Organizam-se diversas manifestações no Porto para exigir o fim do conflito. A restauração da democracia teve lugar a 25 de Abril de 1974, promovendo o Porto também um movimento revolucionário.

Constituição da 1ª República

Realizações da República:

Artigo 1 – A nação Portuguesa adopta como forma de Governo a República.

Artigo 3 – A constituição garante a portugueses e estrangeiros, residentes no país inviolabilidade dos direitos relativos à liberdade, à segurança inCor do textodividual e à propriedade.

Artigo 5 – A soberania reside essencialmente na Nação.

Artigo 6 – São órgãos da soberania nacional, o poder Legislativo, o poder Executivo e o poder Judicial, independentes a harmónicos entre si.

Artigo 7 – O poder legislativo é exercido pelo congresso da República, formado por duas Câmaras, que se denominam Câmara dos Deputados e Senado.

Artigo 26 - Compete privativamente ao Congresso da República:
- Fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-las.
19º- Eleger o Presidente da República.
20º- Destituir o Presidente da República, nos termos desta constituição.

Artigo 36 – O poder executivo é exercido pelo Presidente da República e pelos Ministros.


Constituição de 1911


Novos Símbolos:
- Nova bandeira;
- Nova moeda (escudo);
- Novo hino;
O anti-clericalismo.
A justiça.
O desenvolvimento educativo.
Novas leis de Trabalho.

Instabilidades Governativas da República

Descontentamento social:
- Os católicos estão contra a laicização do Estado;
- O operariado queixa-se da inexistência de benefícios para a sua classe;
- A classe média esta descontente com a contínua quebra do Poder de compra

Guerras civis instauram várias ditaduras:
- Em 1915 um golpe liderado por Pimenta de Castro, e em 1917 é a vez de Sidónio Pais.

Permanência da crise económica:
Os preços agravam-se, a inflação sobe, as greves sucedem-se…
Dissidências e divergências no Partido Republicano.
Criação de partidos:
Afonso Costa lidera o Partido Democrático.
António José de Almeida funda o Republicano Evolucionista.
Brito Camacho funda a União Republicana.

Grande instabilidade governativa:
- 45 Governos, 8 Presidentes e 7 Eleições.
Insegurança pública: agressões físicas, ataques bombistas, assassinatos (ex: Sidónio Pais).
Persistência de algumas ideias monárquicas. Ex: A Monarquia do Norte