segunda-feira, 8 de março de 2010

Ditadura Militar - Estado Novo (Salazar)

António de Oliveira Salazar tornou-se Presidente do Conselho em 1932, tendo no ano seguinte apresentado uma nova Constituição, que pôs fim à Ditadura Militar, e instaurando o regime a que a propaganda oficial chamou Estado Novo. Apesar de possuir algumas características semelhantes ao fascismo italiano de Benito Mussolini, o Estado Novo nunca se assumiu como sendo fascista.
Eis algumas das características e orientações fundamentais do Estado Novo Português:
· Foi criado um partido político oficial, a União Nacional, que transmitia o "espírito da Nação", enquanto que a oposição era duramente reprimida. Quando Marcelo Caetano substituiu Salazar, alterou o nome União Nacional para Acção Nacional Popular.
· Toda a vida económica e social do país foi organizada em corporações. O corporativismo estabelecia um maior controlo do Estado sobre as actividades económicas e dificultava a existência dos Sindicatos.
· O culto a Salazar nunca assumiu as proporções existentes na Itália ou na Alemanha
· A Igreja e o regime caminhavam lado a lado. Com uma ideologia marcadamente conservadora, o Estado Novo orientava-se segundo os princípios consagrados pela tradição: Deus, Pátria, Família, Autoridade, Hierarquia, Moralidade, Paz Social e Austeridade.
· Foi desenvolvido um projecto ao nível da cultura que pretendeu dar uma certa leveza ao regime e simultaneamente glorificá-lo.
· A censura aos media procurou sempre não deixar avançar qualquer tipo de rebelião contra o regime, zelando sempre pela moral e os bons costumes que Salazar defendia.
· Uma polícia política (PIDE), que perseguia todo e qualquer opositor do regime.
· Uma política colonialista, que afirmava que Portugal como "um Estado pluricontinental e multirracial". Todavia, a partir de 1961, já com muitas pressões internacionais para o país conceder a independência às suas colónias, teve início uma das páginas mais negras da nossa História: a Guerra Colonial.
· Uma política nacionalista a vários níveis, marcada pela máxima "Estamos orgulhosamente sós".
· Criação de milícias, uma para defesa do regime e combate ao comunismo, a Legião Portuguesa; outra destinada a incutir nos jovens os valores do regime, a Mocidade Portuguesa.

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